13 dicas para pais de crianças com autismo

13 Dicas para pais de crianças com autismo

Nessas 13 dicas para pais de crianças com autismo, você vai perceber que a organização é essencial para ter êxito no tratamento do seu filho.

Entretanto para conseguir se organizar, você precisa entender qual a melhor forma de aprendizado do seu filho, afinal, as dicas que usualmente encontramos no senso comum sobre crianças neurotípicas provavelmente não funcionarão com uma criança com TEA.

1 – Informar-se

Antes de você dizer que essa dica é um tanto obvia, não estou falando em acessar a internet e sair lendo a primeira informação que você abrir.

Estou falando aqui de informação de qualidade, em sites confiáveis, blogs que retratam o assunto de forma séria, livros e artigos científicos.

Tenha cuidado com conteúdos sensacionalistas que encontramos em algumas buscas na internet.

O conhecimento sólido e embasado cientificamente é que te dará suporte para vencer os desafios que virão.

2 – Incentivar o filho a se cuidar sozinho

Sem dúvidas, uma das maiores dificuldades que os pais enfrentam é o cuidado diário dependendo, do grau de comprometimento das habilidades.

Na melhor das intenções, vejo famílias cuidando das necessidades fisiológicas básicas, e acabam não incentivando a criança a aprender a se cuidar sozinha.

O ensino do autocuidado é uma tarefa demanda tempo e trabalho, mas tenha em mente que, se ele conseguir autonomia no cuidado pessoal, será um ganho para toda a vida da criança e também um tempo para investir em outras atividades no desenvolvimento da criança.

3 – Dar tarefas para ele realizar

Assim como no autocuidado, é de grande importância estimular a criança a realizar tarefas. Com isso você contribui para o desenvolvimento motor, linguísticos e habilidades sociais para resolver problemas cotidianos.

Além de trabalhar a autoconfiança, você dá a ele a oportunidade de aprender com as dificuldades que ele tiver nas tarefas e caminhar para sua autonomia.

4 – Treinar a generalização do aprendizado

Aquilo que a criança aprende na terapia, é preciso aplicar no cotidiano. Não adianta achar que a criança vai se desenvolver apenas nas terapias ou na escola.

É preciso ensinar ela a transportar o conhecimento de uma figura de um objeto por exemplo com o objeto real. Ou demostrar as expressões faciais que a criança vê nos materiais pedagógicos com as expressões que as pessoas fazem no contexto social.

5 – Dividir as responsabilidades dentro de casa

Você não precisa (nem consegue) carregar o mundo todo nas costas!

Uma das coisas que observo é que muitas vezes não é só a criança que precisa de atenção, mas os pais também precisar de um olhar de cuidado devido ao desgaste que vai acontecendo dia após dia.

Aprenda a dividir responsabilidades e tarefas em casa. Às vezes você pode se sentir insegura pensando que outra pessoa não fará tão bem quanto você e acaba ficando sobrecarregada.

Mas você precisa lembrar que precisa estar bem para seu filho também ficar bem. Essa é uma frase que eu costumo usar quando falo sobre os desafios da maternidade.

6 – Dar tempo para o parceiro

Assim como você precisa de um momento de autocuidado, seu parceiro também tem a mesma necessidade. Mais uma vez, a vontade de fazer bem feito, ou pelo menos do seu agrado, muitas mães acabam não dando a chance do pai cuidar da forma dele.

Ele precisa também sentir que está exercendo sua paternidade, ainda que ele não faça da mesma forma que você faz.

Algo não menos importante é dedicar um tempo para o relacionamento. Com tantas dificuldades, uma rotina desgastante pode desestabilizar qualquer relacionamento. Ainda que pareça difícil, você precisa encontrar um tempo para sair, namorar se permitir ser feliz no seu relacionamento.

7 – Estabelecer uma refeição em família

Falando em dar atenção ao relacionamento, a família com um todo também precisa de momentos de se relacionar. Nada melhor que uma boa refeição e todos juntos à mesa para interagir e estreitar os laços familiares.

Não é novidade que a tecnologia aproxima os que estão distantes, mas distancia os que estão perto. A hora de uma refeição pode ser o único momento que todos estarão reunidos como família.

É nesses momentos que podemos conversar, compartilhar problemas, discutir soluções ou apenas brincar e se aproximar mais das pessoas que ama.

Portanto, esqueça celulares, nada de almoçar na frente da televisão. No início pode ser desconfortável, afinal, não se mudam hábitos sem desconforto, mas os resultados podem ser surpreendentes.

8 – Conversar com outros pais de filhos com autismo

Está aí algo não dá para ser desprezado de forma alguma: experiência.

Principalmente de pais que já passaram por fases que você ainda vai passar com seu filho. É claro que cada criança tem um desenvolvimento diferente da outra, mas muito sofrimento pode ser evitado se você aprender com as dificuldades e soluções que outros pais encontraram.

Além de adquirir conhecimento e ter insights do que fazer em determinadas situações, a colaboração te faz enxergar que você não está sozinha, que outras pessoas também passam pelas mesmas dificuldades, às vezes até mais difíceis que a sua.

Outro ponto importante é que ninguém vai te entender melhor do que alguém que compartilha sua dificuldade. Isso evita que você acabe seguindo conselhos de pessoas que não sabem o que é melhor para você, nem para seu filho.

9 – Procurar oportunidades para seu filho desenvolver habilidades sociais

Assim como nas outras dicas para pais de crianças com autismo, você precisa criar oportunidades para que seu filho possa desenvolver suas habilidades sociais e sua comunicação.

Ele pode ter pouca ou muita dificuldade, mas quanto mais você adiar o contato social, mais demorado fica o desenvolvimento dele. Assim, como em qualquer coisa na vida, ele precisa praticar para aprender.

10 – Trabalhar em conjunto com a escola

Essa dica também parece obvia, mas é tão importante que já escrevi sobre isso no post sobre os 3 pilares do sucesso no tratamento para autismo, e a escola é um dos pilares.

Algumas pessoas tem a tendência de achar que a escola tem que se virar com a criança com necessidade especial, e não procuram se inteirar no que está acontecendo, como será desenvolvido o plano pedagógico entre outros.

Como explico de forma detalhada no post citado acima, transtornos do neurodesenvolvimento não são como tomar um remédio para sarar uma lesão. Tudo que a criança aprender, tanto com a equipe terapêutica, quanto na escola, precisa continuar sendo praticado e reforçado no ambiente social familiar.

Sendo assim, trabalhar em conjunto com a escola, potencializa o desenvolvimento da criança nos déficits que ele tiver.

A Academia do Autismo, enfatiza a Tríade do Sucesso no Autismo, que é o trabalho em conjunto da família, escola e terapia.

11 – Lembrar os erros do passado

Se há algo que é inevitável na vida é que vamos errar. E se existe um lado bom de errar, seria ganhar experiência com as dificuldades, e com a experiência, vem a confiança. O objetivo não é se culpar, pois já sabemos o quanto é difícil a rotina de cuidados e convívio social.

Mas usar o aprendizado anterior para soluções de problemas atuais. Ninguém conhece seu filho tão bem quanto você, cada criança é única. Cada uma traz um repertório social totalmente diferente uma da outra. Com esse olhar vemos o quanto é importante o aprendizado com as dificuldades que já passaram.

12 – Criar estratégias

Uma rotina com uma demanda tão grande, precisa de planejamento. Se você não se antevir aos possíveis problemas que podem surgir, organizar seu tempo e ter uma agenda bem definida, dificilmente você conseguirá dar conta das suas demandas e do seu filho.

Planejar é algo essencial para o sucesso de qualquer tarefa que queremos realizar, aqui não seria diferente não é mesmo?

13 – Buscar ajuda especializada

Não perca tempo fazendo experimentos, tentando buscar atalhos. Procure profissionais capacitados. Fuja de promessas milagrosas! Só assim você conseguira ser assertivo nos passos anteriores.

Se você não tem acesso à uma equipe terapêutica na sua cidade, busque uma que te atenda on-line, hoje temos muitos recursos que conseguem propor soluções mesmo à distância.

Se você lembrou de alguém que precisa saber dessas informações, compartilhe “Dicas Para Pais de Crianças Com Autismo”. Tenho certeza que pode ajuda-lo.

Se ficou alguma dúvida, deixa seu comentário aqui abaixo. Você não está sozinha nessa jornada!

Um abraço!
Rachel Chaves

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