Como é feito o diagnóstico?
A avaliação para o diagnóstico de autismo é de grande complexidade, pois não há exames de imagem ou laboratoriais que possam auxiliar em nem tampouco traços característicos no corpo de formação biológica.
Então esse diagnóstico é clínico, realizado pela observação direta do comportamento da criança (ou adulto) e também com entrevistas com pais ou cuidadores. Somente após análise detalhada do comportamento feita por profissional especializado pode se chegar a esse diagnóstico.
Qual profissional pode diagnosticar o autismo?
Geralmente, a criança é encaminhada devido observações feitas por professores, pediatras ou psicólogos nas crianças ou mesmo relato dos pais.
Mas o diagnóstico só pode ser feito por médico especializado sendo neuropediatra ou psiquiatra infantil.
Nesse tópico, vale ressaltar a necessidade de se procurar um profissional qualificado, pois atualmente existem pessoas que não são especializadas, ou sequer são da área da saúde que oferecem tratamentos alternativos sem comprovações científicas.
O Blog Autismo e Realidade escreveu sobre o que fazer na primeira consulta com neuropediatra. Se você tem dúvidas ou não tem segurança em procurar um neuropediatra, vale a pena conferir o post para facilitar o diagnóstico e te dar mais segurança.
O que fazer caso diagnóstico confirmado?
Com o diagnóstico de autismo, a criança será encaminhada para terapia, onde ela será acompanhada de acordo com sua necessidade de desenvolvimento (psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, etc). Vale lembrar que cada criança apresenta uma necessidade diferente dependendo do nível de comprometimento comportamental presente.
Existe diagnóstico equivocado/falso?
Devido ao que a ciência chama de espectro que os transtornos podem apresentar, se torna muito delicado um diagnóstico exato, principalmente quando a criança se apresenta nos extremos dos níveis de funcionamento intelectual, podendo ser traços leves difíceis de se diferenciar da timidez, por exemplo, até comorbidades que podem estar acompanhadas como TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), TOD (transtorno opositivo desafiador), entre outros.
Dessa forma volto a destacar a necessidade da procura por profissionais especializados.
Um ponto muito importante a se destacar é que, quanto antes o diagnóstico for feito, você estará aumentando as chances de desenvolvimento nas áreas que ela tiver dificuldade. Realizando a terapia na idade em que ela está desenvolvendo suas habilidades cognitivas, aumenta consideravelmente as chances dela conseguir se tornar independente, entender melhor como se socializar, melhora na fala e na comunicação em geral.
Quando se trata de dificuldades no neurodesenvolvimento, o melhor é não ficar na dúvida, procurar ajuda especializada e iniciar intervenções o quanto antes para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Se você tem algum tipo de suspeita ou dúvida, já foi orientada por algum professor na escola, parente ou amigo a levar seu filho em algum profissional, eu fiz um post aqui com um checklist da Academia do Autismo que auxilia como diagnosticar autismo, se os comportamentos observados na criança, podem ter esse traços.
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Um grande abraço, Rachel Chaves